Nova rota marítima liga Brasil à China e promete reduzir custos para produtores brasileiros

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Primeiro navio da nova rota chega ao Porto de Santana neste sábado, marcando início de ligação direta com Zhuhai.

Brasil e China inauguram neste sábado (30) uma nova rota de comércio que conecta o Porto de Santana, no Amapá, ao de Zhuhai, na chamada Grande Baía, região estratégica da província de Guangdong.

Segundo o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a ligação vai reduzir tempo de viagem e baratear o envio de produtos brasileiros para o mercado asiático.

“Tenho uma boa notícia: no sábado, agora, chega o primeiro navio dessa rota Zhuhai-Santana, no Amapá”, disse durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O governo aposta que a nova rota fortaleça o Arco Norte como corredor de exportação, especialmente para grãos e bioprodutos da Amazônia e do Centro-Oeste.

Góes explicou que a economia chega a US$ 14 por tonelada de soja para a Europa e a US$ 7,8 por tonelada no envio à China.

“As vantagens são gigantes. Isso, sem falar do tempo de viagem, que diminui”, afirmou o ministro.

Além de ganhos imediatos, a rota é vista como porta de entrada para ampliar a presença de produtos da biodiversidade amazônica no mercado chinês, que soma 1,4 bilhão de consumidores.

Góes citou o potencial do açaí, cacau, café, mel e até fármacos.

“Vai demorar, mas a melhor estratégia para Amazônia é se industrializar. É agregar valor, beneficiar os produtos da Amazônia para gerar emprego e renda”, defendeu.