PF mira fraudes no INSS e cumpre buscas no RN

Agência Brasil

Operação da PF apura descontos ilegais em beneficiários do INSS e afasta dirigente da Previdência.

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (18) nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com cumprimento de mandados no Rio Grande do Norte e em outros estados.

A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cumpre 52 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão preventiva, além de medidas cautelares, em São Paulo, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e no Distrito Federal.

Entre os alvos, segundo apuração da TV Globo, está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), que teve mandado de busca e apreensão.

Em nota, ele afirmou que “recebeu com surpresa a busca na sua residência, mas com serenidade, e se coloca à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas assim que tiver acesso integral a decisão”.

O secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, foi afastado e teve prisão domiciliar decretada.

Após a operação, o ministro Wolney Queiroz determinou sua exoneração.

Também foram presos Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e Éric Fidélis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidélis.

As investigações indicam que, entre 2019 e 2024, valores teriam sido descontados sem autorização de beneficiários por meio de associações, com desvios estimados em até R$ 6,3 bilhões.

O governo informou que está devolvendo os valores e prorrogou até 14 de fevereiro de 2026 o prazo para contestação pelos canais Meu INSS, Central 135 e Correios.