Análise da notícia: Abraço de Trump e Lula pode pôr fim ao momento de incertezas

Reprodução/Redes Sociais

Donald Trump e Lula devem conversar na próxima semana por videochamada ou por telefone.

Fora da guerra ideológica que divide o país entre bolsonaristas e petistas, é de se comemorar o abraço protagonizado ontem por Donald Trump e Lula nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

Ninguém suporta mais essa história de sanções econômicas e supostas “ameaças militares” por conta do julgamento de Jair Bolsonaro e seus aliados na trama golpista.

Bastaram 39 segundos para rolar “uma química excelente” durante o encontro dos dois líderes populistas, que até pouco tempo atrás diziam ‘cobras e lagartos’ um do outro.

Para desespero de quem promove sanções contra o Brasil, Trump disse que Lula “parece ser um homem muito agradável”.

Foi além: “Eu gosto dele e ele gosta de mim. E eu gosto de fazer negócios com pessoas que eu gosto. Quando eu não gosto de uma pessoa, eu não gosto. Mas tivemos, ali, esses 30 segundos. Foi uma coisa muito rápida, mas foi uma química excelente. Isso foi um bom sinal”, contou o americano, surpreendendo todo mundo durante seu discurso.

O mais importante, claro, foi o acerto entre Trump e Lula para conversarem na próxima semana. Isso deve ocorrer por videochamada ou por telefone, segundo informou o Itamaraty.

Esse canal de comunicação estava interrompido pela Casa Branca desde o anúncio do tarifaço de 50% sobre boa parte dos produtos brasileiros.

A taxação americana atingiu em cheio a pauta de exportações do Rio Grande do Norte. Entre os dez itens mais vendidos para os EUA, oito foram tarifados em 50%, e apenas dois foram excluídos – a castanha de caju e o petróleo com seus derivados.

Cerca de 80% do atum e 47% da produção de sal potiguares têm os EUA como principal mercado. Estes dois setores estão amargando prejuízos enormes.

Além de quebrar o gelo, o abraço de Trump e Lula pode pôr fim a esta era de incertezas.

Confira o vídeo da Análise da Notícia:

DD.