Educação
12/11/2025
Um vômito fossilizado há mais de 100 milhões de anos revelou ao mundo uma nova espécie de pterossauro, o Bakiribu waridza.
O achado foi feito por pesquisadores do Museu Câmara Cascudo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a partir de um material coletado há quatro décadas na Chapada do Araripe, entre Ceará, Pernambuco e Piauí.
É o primeiro pterossauro filtrador já registrado nos trópicos e o primeiro representante do grupo Ctenochasmatidae descoberto no Brasil.
A paleontóloga Aline Ghilardi, professora da UFRN, contou que o fóssil foi identificado por acaso. “Quando eu olhei esses fósseis, eu falei: ‘É igualzinho aquilo’”, disse, lembrando que havia lido recentemente um estudo sobre dentes semelhantes encontrados na Argentina.
O animal, pequeno como um gato, tinha cerca de um metro de envergadura e usava centenas de dentes finos para filtrar alimento na água, como fazem os flamingos atuais.
O nome da espécie vem do povo indígena Kariri: Bakiribú significa “pente” e waridzá, “boca”.
O achado, publicado na revista Scientific Reports, é o primeiro caso no mundo em que uma nova espécie é descrita a partir de um regurgito fossilizado.
Para os cientistas, a descoberta ajuda a entender melhor a evolução dos pterossauros e reforça o potencial científico da Chapada do Araripe, um dos tesouros paleontológicos do Brasil.
é um jornalista e radialista do Rio Grande do Norte, com mais de 40 anos de carreira. Formado em Comunicação Social pela UFRN e em Direito pela UNP, atuou em vários veículos importantes locais e nacionais (Tribuna do Norte, Diário de Natal, TV Globo, TV Record Brasília, SBT, Band e rádios 96 FM, 98 FM e 91.9 FM). Foi diretor-geral da TV Assembleia Legislativa do RN. Foi coordenador de comunicação da Potigas, e assessor da presidência da Petrobras. Apresenta e edita o Jornal da MIX, na 103.9 FM Natal.
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