Jean Paul vê evolução importante na decisão do Ibama sobre pesquisa no Amapá

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Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, considerou importante a autorização do Ibama para simulações na Margem Equatorial.

Economia

20/05/2025

A decisão do Ibama de autorizar a Petrobras a fazer vistorias e simulações de resgate de animais na Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá, foi bem recebida pelo ex-presidente da estatal, Jean Paul Prates. “Foi uma evolução importante nesse processo”, disse ao Blog do Diógenes.

Prates explicou que há um grande aparato de prevenção mobilizado na região, o maior instalado no Brasil e na indústria offshore do mundo. “Todo esse aparato estará em funcionamento, inclusive a sonda exploratória, para realizarmos o que chamamos de fase pré-operacional”, falou.

“Algo semelhante foi feito na praia de Fortim, no Ceará, em 2023, quando a Petrobras fez simulações na bacia potiguar, com todos os equipamentos, aeronaves, embarcações e interações com as populações costeiras, incluindo pescadores e cidadãos de municípios próximos às áreas de produção”, lembrou Jean Paul.

A Petrobras ainda vai percorrer um longo caminho até obter a licença para produção de petróleo no Amapá.

Segundo Jean Paul, o que vai ser feito agora é a pesquisa de um poço, entre os 16 pedidos para exploração já encaminhados ao Ibama.

O resultado da pesquisa são três cenários: não ter petróleo, encontrar indícios que devem necessitar de mais informações, e uma descoberta promissora. Jean Paul acha difícil o último cenário logo de cara.

“Provavelmente vamos encontrar indícios, precisando da perfuração de outros poços para delimitarmos a jazida ou reservatório de petróleo”, explicou.

Se a pesquisa der certo, a estatal pode chegar a uma declaração de comercialidade, informando se vale a pena ou não produzir na região. 

Só depois dessa fase, a Petrobras pedirá a licença definitiva para produção de petróleo. “É a licença mais complicada por incluir o escoamento da produção em alto mar”, disse Jean Paul.

Por fim, o ex-presidente da Petrobras informou que só teremos produção no litoral do Amapá por volta de 2030. De acordo com os estudos da própria petroleira, a produção de petróleo deve se estender por 30 ou 40 anos, podendo chegar a 2070.

Sobre o dilema entre o desenvolvimento econômico e a questão ambiental, Jean Paul afasta qualquer tipo de contradição com a transição energética.

“Nós estamos ao lado daqueles que acreditam que esta aparente contradição se opõe à realidade dos fatos de termos petróleo no território brasileiro quando há produção em países emergentes”, comentou.

Para Jean Paul trata-se de uma decisão política do governo brasileiro, principalmente das autoridades da região. “As receitas geradas pela produção de petróleo podem ajudar na diminuição dos desequilíbrios econômicos e na melhoria de vida das populações que vivem na região amazônica”, disse.

Diogenes dantas ao centro da imagem vestido de terno preto, ele sorri.

Diógenes Dantas

é um jornalista e radialista do Rio Grande do Norte, com mais de 40 anos de carreira. Formado em Comunicação Social pela UFRN e em Direito pela UNP, atuou em vários veículos importantes locais e nacionais (Tribuna do Norte, Diário de Natal, TV Globo, TV Record Brasília, SBT, Band e rádios 96 FM, 98 FM e 91.9 FM). Foi diretor-geral da TV Assembleia Legislativa do RN. Foi coordenador de comunicação da Potigas, e assessor da presidência da Petrobras. Apresenta e edita o Jornal da MIX, na 103.9 FM Natal.

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